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quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Deu no Blog de Hamilton Werneck

OS DESEMPREGADOS BRASILEIROS E A EDUCAÇÃO

Hoje, quarta, 8 de setembro, o jornal O Globo indica um número de brasileiros menos desempregados se não concluíram o ensino médio e mais desempregados após a conclusão do ensino médio. Se um desavisado concluir que a educação atrapalha está completamente errado. Não é mais educação que atrapalha, o que impede o trabalho por parte dos que concluem o ensino médio é o que eles estudam, indicando que o país oferece trabalho que eles não sabem desenvolver. Eis a razão da necessidade de se aliar à formação geral, a formação técnica e de se ampliar as escolas técnicas por todo o Brasil. Um salto de desenvolvimento demandará uma população bem preparada, onde o mínimo dessa preparação, será o ensino médio e técnico. Quanto aos que não concluiram o ensino médio e enfrentam um índice menor de desemprego, deixa claro que há no país muitas atividades que ainda não requerem, no setor de serviços, uma formação mais aprimorada. Há muita gente varrendo, capinando, carregando fardos com os braços, cuidando de agricultura familiar e que não concluiu o ensino médio. Se tivessem concluído, certamente estariam num estamento melhor porque as oportunidades aumentam e a capacidade de assimilar as transformações acompanham. 08/09/2010.
Prof. Hamilton Werneck é pedagogo, escritor e conferencista.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

AUTOESTUDO OU AUTOAPRENDIZAGEM

Autoestudo, autoaprendizagem ou autoinstrução, é o processo em que, dado o interesse da pessoa por determinado assunto ou área de conhecimento, este busca as orientações e material informativo (impresso ou sob qualquer outra forma), aprofundando-se no estudo e conhecimento desse assunto, por conta própria, independente da existência de algum professor, facilitador, instrutor, monitor ou qualquer outro denominativo que a estes se equivalha. É a autodidaxia conforme Francisco da Silveira Bueno em seu Dicionário da Língua Portuguesa (1975), ou autodidatismo já conforme o Aurélio (1986).
Atualmente, quando o ensino na modalidade a distância (EaD) se torna cada vez mais presente – porque viável e regulamentado – na vida do brasileiro, especialmente a partir da internet e toda a gama das chamadas TI’s (Tecnologias da Informação), e à medida que as pessoas vão descobrindo seus reais interesses e motivações, a identificação de novos assuntos ou áreas de conhecimento, a busca do autoestudo ou autoaprendizagem é uma opção a ser, cada vez mais, seriamente considerada.
Ainda há muito preconceito, especialmente nos meios escolares, quer pela ignorância sobre o assunto – muito profissional do ensino ainda desconhece a questão de forma mais ampla –, quer pelo medo (aliás, decorrente da ignorância), por imaginar um futuro de salas de aulas fantasmagóricas, sem a presença do professor.
O CDH Cursos Livres, ainda um projeto em construção, terá suas atividades desenvolvidas no formato, digamos, “normal”, com os alunos, cursistas ou aprendentes organizados em grupos ou turmas, com facilitadores ou instrutores, no entanto, está trabalhando para também atender na modalidade a distância e, mais que isso, disponibilizar em sua sede, espaço, condições e materiais para pessoas ou pequenos grupos que busquem seu desenvolvimento e qualificação no formato autoestudo.
Diversas instituições já atendem ao público nessa modalidade, como por exemplo os cursos a distância sem tutoria oferecidos pelo Instituto Legislativo Brasileiro, do Senado Federal.
RESPONSABILIDADE SOCIAL

Responsabilidade social hoje é tema recorrente no mundo corporativo, onde as grandes empresas – grande parte delas – além de seu foco precípuo que é obter lucro, descobriram que seu outro aspecto, o de servir à sociedade, não tem que acontecer apenas na forma da oferta de seus produtos e serviços, que são disponibilizados ao público para aquisição, pela compra, ainda que a oferta desses produtos e serviços cerque-se do aparato da qualidade total e da excelência. Não. Responsabilidade social é incorporar um outro viés da realidade do mundo moderno: é atuar, também, na área do terceiro setor.
O CDH Cursos Livres, embora seja, ainda, apenas um micro empreendimento em fase de construção, tem consciência desse aspecto e se prepara para atuar nessa área.
Por ser uma instituição da área educacional, está encampando a proposta de antigos integrantes do Movimento Escoteiro na cidade de Pinheiro, que desejam criar um centro de documentação onde será resgatada a história do Escotismo na região, adquirindo, restaurando, organizando e expondo para pesquisa e estudo, documentos, fotografias e outros materiais que contam essa história, de 1962 (fundação de um grupo escoteiro na cidade de Pinheiro) até os dias atuais.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Conhecendo o CDH Cursos Livres



CENTRO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
A partir das 2 principais perguntas que nos são feitas, optamos por apresentar esta página de forma bastante didática, dividida em 3 partes:

A – Que é o CDH
B – Que são cursos livres
C – CEEs (conselhos estaduais de educação) e MEC.

PARTE A
Que é o Centro de Desenvolvimento Humano e Formação Profissional – o CDH Cursos Livres?
É uma escola de cursos livres. Veja seus objetivos e filosofia de trabalho mais abaixo.

PARTE B - Que são cursos livres?
Pesquisando a bibliografia existente ou a internet, você vai encontrar, basicamente, 3 definições:

1. CURSOS LIVRES são programas educacionais destinados ao desenvolvimento de competências para o trabalho.

2. É a modalidade de educação não-formal, de duração variável, destinada a proporcionar ao trabalhador conhecimentos que lhe permitam qualificar-se, reprofissionalizar-se e atualizar-se para o trabalho.

3. Os cursos profissionalizantes diversos como de informática, de idiomas, música, teatro, apicultura, artesanato, etc., assim como os pré-vestibulares, preparatórios para concursos públicos e muitos outros, são considerados cursos livres e, portanto, não estão sujeitos a autorização do MEC ou dos conselhos de educação dos estados.

No Maranhão, a Resolução nº 082 de 30/03/2000, do Conselho Estadual de Educação, que estabelece as normas que regulamentam o ensino formal no Estado, em seu artigo 34 é bem clara:

“Os cursos livres não se subordinam aos dispositivos da presente Resolução, nem ao controle e fiscalização deste Conselho.”


Cursos Livre” exatamente por quê?

1. porque são livres sua oferta e sua organização;
2. porque não existe obrigatoriedade, preestabelecida pelos órgão oficiais, de carga horária, disciplinas, tempo de duração e exigência (ao cursista) de escolaridade anterior.
3. porque dispensam autorização de funcionamento por parte do MEC ou dos CEEs (conselhos estaduais de educação).

Quanto à carga horária, pode variar entre algumas horas ou vários meses de duração, de acordo com o conteúdo programático estabelecido, para aquele curso, pela instituição que o oferta. O mesmo ocorrendo quanto à exigência de escolaridade e/ou alguma experiência naquela área, dependendo do tipo de curso.

A escola de cursos livres pode emitir certificados?
Sim, pode e deve emitir os certificados dos cursos ministrados sob sua responsabilidade.

PARTE C CEEs (conselhos estaduais de educação) e MEC.
Então, o que os Conselhos Estaduais de Educação e o MEC autorizam?

Estes são os órgãos oficiais de maior autoridade - nos Estados e no país, respectivamente - e somente eles podem autorizar a abertura de cursos e o funcionamento de escolas que ministrem o ensino fundamental, o ensino médio, os EJAS – educação de jovens e adultos (antigo supletivo), os cursos técnicos de nível médio, os cursos superiores (graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado). Todos estes, tanto de escolas públicas quanto privadas.

CDH Cursos Livres – objetivos e filosofia

O Centro de Desenvolvimento Humano e Formação Profissional está devidamente registrado na Junta Comercial do Estado do Maranhão e no Ministério da Fazenda, e tem como objetivo, conforme o seu contrato de constituição, “o de ensino e capacitação, com predominância em cursos livres profissionalizantes e de desenvolvimento da pessoa humana, aplicados tanto de maneira presencial quanto na modalidade à distância...”. Também estaremos estimulando a autoaprendizagem, o autoestudo, o que futuramente comentaremos a respeito.

Por acreditarmos que o sucesso profissional é uma decorrência da construção de um ser humano melhor estruturado, não é por acaso que o nome da instituição trás, em primeiro lugar, “desenvolvimento humano” para, em seguida, a “formação profissional”.

Ao pesquisar sobre cursos livres encontra-se, quase que unanimemente, como vimos acima, que estes servem para qualificar para o trabalho. E isto passa uma idéia enganosa e estreita. Como se cursos livres servissem, exclusivamente, para “preparação de mão-de-obra”.

O CDH não está constituído para “gerar mão-de-obra” ou domesticar para ser empregado. Seu foco é desenvolver pessoas, seres verdadeiramente humanos, que descubram seu norte e assumam seu próprio destino. A formação profissional, aqui, pretende ser a parte complementar para esse ser humano melhor estruturado e com visão empreendedora.
Assim, cursos de empreendedorismo, de desenvolvimento do senso crítico, de autoconhecimento e outros nessa linha farão parte de nossa programação.

“A liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber” está garantido pelo art. 206 inciso II de nossa Constituição Federal.

Para refletir a respeito, vale transcrever aqui, na íntegra, o texto extraído do livro Vivendo, amando e aprendendo, de Léo Buscáglia, texto este escrito por uma professora, diretora de escola, que passou pelos horrores das prisões nazistas:

“Sou sobrevivente de um campo de concentração. Meus olhos viram o que nenhuma pessoa devia presenciar. Câmaras de gás construídas por engenheiros ilustrados. Crianças envenenadas por médicos instruídos. Bebês mortos por enfermeiras treinadas. Mulheres e bebês mortos a tiros por ginasianos e universitários. Assim, desconfio da educação. Meu pedido é o seguinte: ajudem os seus discípulos a serem humanos. Os seus esforços nunca deverão produzir monstros cultos, psicopatas hábeis ou Eichmanns instruídos. Ler e escrever, saber História e Aritmética só são importantes se servem para tornar os nossos estudantes humanos.” (O grifo é nosso).